terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Gosto disto...

Acho que nunca tinha feito isto na vida. Fazer uma lista das coisas que gosto.
Hoje aceitei um desafio e decidi publicá-lo. Gostei da experiência...

[gosto]
de passear na praia. de papoilas. de dormir. de chá. de um dia de sol. do Outono. da Primavera. do mar. da paisagem alentejana. de cantar no carro. da espontaneidade dos outros. de rir. de chorar a rir. de diospiros. de favas. dos meus amigos. de lenços e cachecóis. de presépios. de carteiras. da minha casa. de ser tia. de acordar de manhã e poder dormir mais um bocadinho.
de toalhas aquecidas. de Sintra. de receber presentes. de queijo. do cheiro de terra molhada pela chuva. da minha cama. de andar descalça na relva. de ver as minhas séries favoritas. de mantas. de pasteis de nata. do cheiro a lareira. de aquecer o pijama. de ter tudo arrumadinho. de molhar as bolachas no chá. de gentilezas. das iscas feitas pela minha mãe. de café. de pessoas bem dispostas. de batatas-fritas. de mimos. de sorrisos. de escrever cartas. de receber cartas. de material de papelaria. de mergulhar no mar. de uma boa conversa. de azeitonas. da lua. de me lambuzar a comer manga. do Porto. que respeitem o meu espaço e o meu tempo. de uvas morangueiras. do céu estrelado. de ter as unhas arranjadas. de camisas brancas. de atenção. de velas com cheiro. de travesseiros da Piriquita. de tecidos com flores. de livros. do lusco-fusco. de tremossos. de caracóis. de imperiais. de vinho tinto. de ser surpreendida. de brincos. de meias giras. de viajar. de fotografias. de cozinhar para alguém. de abraços. dos mimos dos meus sobrinhos. de receber os amigos em casa. que gostem de mim. de molhar pão no ovo estrelado. de almofadas. de comprar roupa. de heróis e heroínas. de um bom filme. de beija-flor. de cerejas. de noites quentes no Verão. de Lisboa. de Vinho do Porto. de jogar Trivial e ganhar. do Fim-de-Ano. de ajudar alguém, mesmo que não conheça. de ouvir, mais que de falar. de chorar de alegria. de perfume. de ir ao cabeleireiro. de elogios. de Moscatel. de cajus. de amêndoas. de chocolate preto. das cores do Outono nas árvores. de dizer palavrões quando me magoo. de rúcula. do cheiro dos manjericos. de um final feliz.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Algo estranho acontece...

Esta música é linda! Não me canso de ouvir!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Um bocadinho do que eu preciso para ser feliz!

Tenho pensado muito nos meus amigos. Nas pessoas que ao longo da minha história têm feito parte dela. Por uma ou outra razão. Percebi que gosto dessas pessoas por vários motivos. Que elas estão na minha vida por razões diferentes. Todas importantes. Não importa se fazem parte há mais de vinte anos ou se foi apenas desde ontem. Não importa se gosto delas porque me fazem rir ou porque posso chorar no seu colo. Não importa se há mais ou menos profundidade, se há mais ou menos intimidade, se há mais ou menos espontaneidade, se nos conhecemos muito bem ou menos mal. Não importa. Importa que em cada uma dessas pessoas, por uma razão ou por outra, está um bocadinho daquilo que eu preciso para ser feliz.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Porque a felicidade é feita de pequenas coisas...


O sol. A praia ao final da tarde, quase deserta. Caminhar na areia. As conversas da treta. A partilha. As descobertas. As recordações. O riso. As gargalhadas. Os petiscos. A criançada. Os amigos. Os reencontros. Os abraços.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Where are you going?

Por estes dias encontrei esta música aqui no Pipocas. Foi deixada aqui. Não me lembrava. Como parece que não me lembro que há um colo algures se eu pedir. Que ao longo dos anos estavam lá, oferecidos sem pedido. O bom deste hoje também é saber que, para onde vou, não vou sozinha.


Este hoje é assim...

Há alturas em que parece que a vida se precipita, que tudo acontece num instante, que algo grita.
Quando, durante anos, se erguem muros e paredes, uma pequena fresta, muito pequena, pode ser suficiente para deixar entrar a nesguinha de luz que é precisa para mudar o olhar, para o tornar mais claro. O olhar meu por causa de um olhar outro. E estes olhares podem fazer com que os muros e paredes se desmoronem, lentamente.
Mas é preciso o abandono, é preciso deixar-se. E é tão bom, afinal! O sentimento de assombro perante a descoberta do óbvio, do que esteve sempre lá. Sempre. O assombro perante a vida, a minha e as outras.
Este hoje é assim, mais claro e cristalino, mais cheio de esperança, mais cheio de mim. O que virá, não sei. Apenas confio que, algum dia, não haverá paredes, nem portas, nem janelas, nem muros para derrubar. Haverá uma enorme tenda branca, com estacas firmes e amarras soltas, com gente que entra e que sai, com gente que fica.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

domingo, 8 de julho de 2012

A Pipoca (revisitada)

"Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum! - e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado."

Rubem Alves, aqui.

Uma grande grande teia rendilhada

Há quatro anos atrás uma amiga muito querida vivia um tempo de profunda desolação. Um tempo em que nada parecia ter sentido. Um tempo que ela baptizou como o Annus Horribilis. Estive, de alguma forma, presente nesse tempo. Não totalmente, não plenamente, porque o sofrimento do outro faz eco e dói em mim.  Só hoje consigo perceber isto. Que não consigo estar presente à dor do outro quando ela é demasiado intensa. E percebi-o, por estes dias, precisamente recordando esta pessoa e as férias que passámos juntas nesse ano.
Nessa altura eu vislumbrava, apesar de tudo e apesar da dor, que ela passaria pelo fogo e que não seria nunca um piruá sem destino. Aliás, nessa altura usei outra metáfora, a do fio de teia de aranha que se transformaria, com o tempo, numa pequena grande teia rendilhada.
Hoje fui espreitar o planeta dela e dei de caras com algo que me emocionou profundamente. Afinal a minha querida amiga não transformou o seu fio numa pequena grande teia, mas numa grande grande teia rendilhada, tecida da sabedoria que só tem quem passou pelo fogo.

PS - Piquenina, hoje és tu que tens que perdoar a minha inconfidência! O Xi-coração é enorme e o quentinho é maior que nunca.