segunda-feira, 2 de abril de 2012

Onde sempre estiveram

Na tese, no rol dos agradecimentos da praxe, havia um dedicado a todos os meus amigos, aqueles de quem me distanciei durante este tempo de maior trabalho e dedicação. Sem nomes, porque eu sei perfeitamente quem são. Os de sempre. Os de anos. Agradecia-lhes pela certeza segura de que no fim de tudo iriam estar onde sempre estiveram.
No Sábado organizei um pequeno evento de confraternização com alguns destes amigos. Alguns de sempre e outros mais recentes. 
Foi um dos momentos mais agradáveis dos últimos meses. Com algumas pessoas que não se conheciam entre si, mas que se integraram lindamente e que manifestaram uma alegria genuína em comemorar este fechar de capítulo na minha vida. 
Este momento (e outros) fez-me dar conta que sou mesmo eu que às vezes não acredito, não confio, não arrisco, não me dou. Sou eu que às vezes acho que não está lá ninguém. 
Ainda esta semana passei um serão inteiro ao telefone. A falar das "bobagens" do dia-a-dia e do que eu às vezes acho que são as insignificâncias da vida. Mas a verdade é que estivemos a pôr a vida dos últimos meses em dia. Como já não fazíamos há muito tempo. Porque a vida é feita mais de insignificâncias do que de grandes novidades e questões existenciais. E às vezes basta apenas saber isso.
A distância, a de quem está longe fisicamente ou a outra, a de quem apenas não quer ou não pode (ou ambas), não consegue destruir, se não quisermos, essa coisa a que se chama amizade.
E afinal estão lá alguns. Não são muitos, é certo, mas isso não importa. Importa que estão lá, onde sempre estiveram. Para celebrar. Para se alegrarem comigo. 

3 comentários: