Não faz sentido puxar um barco em terra seca.
Um barco serve para fazermos uma travessia, de uma margem para outra.
Por muito útil, importante, fundamental que tenha sido o barco num determinado momento da vida, não podemos carregá-lo connosco quando temos que caminhar em terra firme, subir e descer encostas.
Há coisas que temos que largar quando já não precisamos delas. Há momentos em que temos que nos despedir.
A vida é movimento.
Quando não queremos deixar o barco amarrado no cais, sofremos. O sofrimento surge quando queremos que algo fique parado e nos agarramos a isso. Surge da luta interior que travamos, mais do que da coisa em si que não queremos largar.
De vez em quando, vale a pena perguntar o que é que na minha vida posso e devo largar, que barco ando eu a arrastar por terra seca e que me faz gastar energia inutilmente.
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