Naquelas estradas que têm árvores dos dois lados e cujas copas se encontram a meio formando um túnel.
Na primavera ver campos imensos pintalgados de flores amarelas e roxas.
Um campo de papoilas (definitivamente as minhas preferidas).
Na marginal, ao fim da tarde, com o sol a reflectir-se no mar dando-lhe um tom prateado.
Passar a ponte 25 de Abril ou a Vasco da Gama.
No Gerês, como quem vai para a Portela do Homem. Em Trás-os-Montes, como quem vem de Carviçais. Passar pelo Alentejo...
Um simples dia de sol radiante e céu azul.
Uma estrada linda pode ser uma estrada qualquer, sem atractivos especiais, mas pela qual não passamos há muito tempo e que nos leva para um sítio do qual temos muitas saudades.
Ouvir a nossa música preferida no rádio
E ficar pensativa. E deixar cair uma lagrimazita. E sorrir de contentamento.
E cantar alto. E dançar só com o tronco, a mexer os ombros... ou abanar só a cabeça...
E ouvi-la repetidamente até à exaustão.
E sentir que tudo faz sentido, mesmo que não faça.
Esta conjugação de coisas boas faz-me lembrar a "Felicidade em estado puro" da Raio de Sol.
A fotografia é do António Almeida.
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